sexta-feira, 26 de março de 2010

Soneto dos olhos de anjo

Em noite de poucas estrelas,
Confidenciamos nossos desejos,
Mergulhados em densa paixão,
Afundamos em loucos beijos.

Entre pontes, rios e sussuros,
Caminhamos de mãos dadas,
Apagamos a chama das horas,
as cinzas, longe foram lançadas.

Ficou suspenso o tempo perdido;
Ficaram as luzes desligadas;
Ficou teu corpo no meu corpo;

Ardeu tua face transfigurada;
E teu olhar pudico e angelical,
Queimou-me a alma dilacerada.


Salgueiro, março de 2010

J.R. Maciel

Nenhum comentário:

Postar um comentário